20.2.11

A batalha anti-lixo

Pequenas mudanças trazem grandes mudanças. Assim pensa o Rio no Mapa e por isso, agimos, apoiando causas que parecem mínimas, mas que acabam de fato mudando a realidade.
Uma delas é o Dia Histórico, uma iniciativa do artista Marcio PXE, que desde 2006 vem batendo de frente contra o lixo na praia de Ipanema, criando campanhas através do guapuruvu.com, além de desenhar e espalhar placas de concientização por toda praia.

Ontem, último dia do horário de verão (por que o horário de verão acaba em pleno verão?), o Dia Histórico chegou a sua terceira edição, com a colaboração de 20 voluntários e a distribuição de sacos biodegradáveis, fruto de mais um apoio que curtiu o movimento que só cresce e vem se tornando um marco na praia de Ipanema. Mais uma vez, a galera local se reuniu para fazer muito barulho (literalmente) e conscientizar os frequentadores das redondezas do Coqueirão, conseguindo a incrível façanha de deixar a praia limpinha do início ao fim. No por do sol, Ipanema era um verdadeiro cartão postal, como deveria ser SEMPRE.

Como a Maya Rodriguez comentou na sua matéria a respeito do primeiro Dia Histórico "ao final do dia o saldo era bastante positivo. O objetivo parecia ter sido alcançado: praia limpa em pleno sábado de muito sol e calor, no trecho que vai da barraca do Aleido até a árvore do Coqueirão, um dos pontos mais movimentados de Ipanema. Ao menos isso foi o que achou o gari da Comlurb, Rodrigo Matos, que há quatro anos varre essas areias. “Podia fazer na praia toda! Só no sábado? (risos). Gostei da iniciativa da garotada, porque deu o exemplo. Na realidade não é o pessoal de fora que suja a praia, são os próprios moradores que sujam por preguiça de carregar o seu lixo!”, revela o gari.

Uma tarde dessas, na mesma praia de Ipanema, uma menina linda rolava pela areia dando cambalhotas, feliz da vida, entre montes de copos quebrados, latinhas, guimbas de cigarro, filipetas e... fraldas usadas! A imagem era constrangedora. Me lembro quando era criança e andava pela praia, juntando conchas e hoje quase não as vemos. O normal é entrar na água e sair com um pedaço de plástico na mão. Precisamos parar de contemplar a destruição do planeta a cada minuto e passar a fazer! A mudança depende de nós. A hora é agora! Participe!

texto: Ana Schlimovich
fotos: PXE
e Fernanda Calvente
placas de : Gabriel Dornellas e Raíssa Canavarro

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