27.2.11

Silvia Machete e o "Negro Gato"

Parceria de responsabilidade no último dia do projeto Sonoridades

Por Tarcisio Candido
Fotos: Ana Schlimovich

Ela, de longo azul claro, com mangas verdes, costuradas a um centímetro do vestido, delicadamente cortadas, feitio de puro artesanato. Os cabelos curtos espetados e bruscamente jogados para frente. Ele, de jeans claro surrado e blazer preto de veludo, mesmo querendo descontrair, Erasmo Carlos será sempre o clássico Erasmo Carlos. A dama, definida por Erasmo como uma mulher de “pegada”, é Silvia Machete. Uma mistura nobre, belos arranjos e descontração; receita simples para um show de habilidosos. Espetáculo que foi o fechamento do projeto “Sonoridades”, de Nelson Motta, no Oi Ipanema.
A noite de 27 de fevereiro teve platéia lotada, com direito a transmissão ao vivo do show, via internet. Ao abrir as cortinas “Em busca das canções perdidas”, do próprio Erasmo: um dueto saudoso. Iniciou ali nosso encontro com tais canções.
Tudo no show de Silvia tem certo encantamento, desde a roupa com desenhos de nuvens de alguns músicos, até a mágica batida do vibrafone, que embalava sons que variavam do bolero ao manbo.
Vale ressaltar as participações de Domenico Lancellotte e Marcelo Lobato, que além de dar show em seus instrumentos, duelaram vozes com Machete. Por falar em duelo, adivinhem só quem voltou aos tempos de Jovem Guarda e se fantasiou de Cowboy? Sim, Erasmo Carlos em uma aparição relâmpago para cantar “Panorama Ecológico”; ele brincou, sorriu, até “atirou” na platéia, com sua arma de brinquedo. E por falar em brincar, Silvia tocando o violoncelo, “sensualizou”, tocou e estimulou o instrumento como um amante seu.
Como já é tradição, teve bis! Com direito a instrumento invisível tocado por Silvia e, ainda, Erasmo aclamando e homenageando a cantora, fazendo dela, ali, sua “Super Star”.

Um comentário:

Anônimo disse...

Lindo texto! Parabéns!

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